Como em todos os processos de comunicação, a linguagem é um processo que utiliza palavras, de forma oral ou escrita, para descrever objectos, situações, sentimentos entre outras coisas. Mas, tal como a maioria dos processos, a lingua falada ou escrita é extremamente limitativa na descrição que faz das coisas. As palavras que encontramos ou que criamos para descrever as coisas descrevem conforme a experiência das pessoas.
Actualmente ninguém pensa na origem das palavras, ninguém se preocupa em perguntar porque é que mesa é a palavra que usamos para descrever uma mesa. O mesmo se aplica a palavras que servem para descrever sentimentos, e aqui chegamos ao ponto sobre o qual quero dissertar (ou divagar).
Amor:
do Lat. amore
s. m.,
viva afeição que nos impele para o objecto dos nossos desejos;
inclinação da alma e do coração;
objecto da nossa afeição;
paixão;
afecto;
inclinação exclusiva;
Já repararam nas limitações que existem nesta palavra no que diz respeito á descrição do sentimento que é o AMOR?
Se seguirmos esta definição à letra, então quando eu digo a alguém “amo-te” estou apenas a dizer que esse alguém é o objecto dos meus desejos, afeição, paixão e exclusividade, a inclinação da minha alma e coração. Então e o resto? Onde estão definidas todas as outras coisas que acontecem quando amamos? Como as borboletas no estômago, andarmos nas nuvens, olharmos para a vida com umas lentes cor de rosa.
Amor também é:
– Aceitação total da pessoa amada.
– Compreensão.
– Entendimento.
– Comunicação.
Resumindo, o amor não deve ser descrito apenas por linguagem verbal, ou apenas por linguagem gestual ou apenas por um único tipo de linguagem. Para se descrever o amor com fidelidade devem ser utilizadas linguagem verbal, corporal, sentimental, and so on. Ou seja, não vale a pena falar de amor para descrever o amor, tem que se sentir o amor para que se consiga ver o que ele é.
Deixo-vos uma pergunta. Para quem quiser responder.
Sentem o amor ou apenas falam dele?