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Bom dia

Não gosto de rotinas e no entanto gosto das minhas rotinas. Se calhar não estou a fazer muito sentido, mas é exactamente isto. Gosto de mudança, gosto de variar e no entanto há rotinas que me sabem bem, como por exemplo todo o processo de acordar. Houve várias coisas novas neste fim de semana, a começar pela introdução de uma alteração à minha rotina matinal de acordar e levantar.

Começo por ouvir e desligar o despertador, três vezes com pelo menos meia hora de sitância entre cada uma. Normalmente só à terceira é que continuo a acordar e levantar-me. Abros os olhos, espreguiço-me e levanto-me. Dou bom dia ao gato, mimos e comida. Abro a água para o banho e preparo a roupa para vestir. Entro na banheira, tomo o meu banho e desligo a água. Seco-me, visto-me, penteio-me, etc. Certifico-me que tenho tudo para levar e dou mais uns mimos ao gato. Saio de casa e é este o meu processo matinal.

Por vezes a esta rotina acrescento um passo antes do banho: estender a roupa que ficou a lavar durante a noite.

Este fim de semana, alterei esta rotina:

Ouço o despertador uma vez, abro os olhos e desliguo-o. Cinco minutos depois ligo-te e ouço a tua voz ainda ensonada, meiga, espreguiçada como um gato. Ficamos a conversar enquanto tu te levantas, te arranjas, tomas o pequeno almoço. Gostamos da companhia um do outro. A tua voz vai ficando mais acordada, o seu tom fica mais quente.

Acordar-te de manhã, falar contigo e escutar-te, ouvir a tua voz, é maravilhoso. É uma sensação tão boa. Sinto-me seguro, confortável, aceite, capaz de enfrentar tudo, destemido. Acho que esta nossa sincronicidade é algo que só se encontra uma vez na vida. Somos muito parecidos em quase tudo, mas temos cada um pequenas diferenças que fazem com que não sejamos completamente iguais e isso não tem preço.