Cada um terá a sua definição de equilíbrio e provavelmente para muitos a definição será igual ou semelhante. Posso falar daquilo que eu acho que é a definição que os outros têm mas não quero… aliás, acho que não me cabe a mim falar disso. É uma coisa pessoal, de cada um e portanto escrevo sobre a minha definição de equilíbrio.
É de notar que esta definição é presente, no passado era diferente e no futuro poderá mudar novamente. Aprendi ao longo dos anos que muitas coisas que nós assumimos como imutáveis são na verdade muito maleáveis e transmutáveis.
Então? Equilíbrio é para mim o balanço de duas forças. Em algumas circusntâncias poderão ser forças opostas em que nesse caso, creio que terão de ser forças de intensidade igual mas em sentidos opostos de forma a que uma força não consiga puxar mais do que a outra, mantendo assim o equilíbrio. Neste caso acho que o equilíbrio é atingido no centro destas duas forças. Mas há outros tipos de equilíbrio, que não serão tão líneares. um exmplo disto são duas forças que puxam na mesmo sentido mas direcções ligeiramente diferentes. No entanto terão que o fazer sem causar qualquer transtorno ou “desequilíbrio”… gosto mais da expressão em Inglês: “imbalance – a situation in which two things that should be equal or that are normally equal are not”.
Mas deixemos as definições fisíco-matemáticas de lado. O equilíbrio de que falo é mais espiritual e emocional. Será que se pode considerar que uma pessoa que esteja muito feliz como estando equilibrada? Pela definição da palavra, não. Essa pessoa está desequilibrada para o lado da felicidade, sendo o seu oposto uma pessoa que está muito triste… desequilibrada para o lado da tristeza. No entanto, normalmente as pessoas não querem estar tristes, apenas querem estar felizes. Portanto querem estar desequilibradas, para o lado da felicidade. Posto isto, será que é bom estarmos felizes? É. Sabe bem, sentimo-nos bem dispostos, andamos positivos e todas essas coisinhas agradáveis. No entanto estamos desequilibrados.
É por isso que a “felicidade vs tristeza” não são nem podem, ou não devem ser as únicas varáveis a contribuir para o equilibro de uma pessoa. Há outros factores, que também têm o seu devido peso ou força e que contam para a equação do equilíbrio. E daí, todos eles contribuem para se uma pessoa se sente bem ou não, portanto acaba por cair em desquilibrio também. É um desquilibrio positivo, certo, mas não deixa de ser desequilibrio.
Acho que sozinho acabei de deitar por terra todo o meu raciocínio. Sou portanto um desequilibrado. Estou bem, feliz, centrado, focado, protegido, seguro… tudo coisas boas… se medimos o equilíbrio por várias forças opostas que se “anulam”, teríamos que agrupar todas as forças como “boas e más” e ambos os grupos se equalizavam, atingindo um centro equilibrado. Mas não é esse o caso, as forças boas estão muito maiores que as forças más, menos boas, negativas ou o que lhes quisermos chamar. Portanto, aquela coisa de “estarmos no centro” não é propriamente muito agradável. Não é bom, nem é mau, simplesmente é. No entanto se considerarmos que “o centro” é apenas uma das forças “boas” talvez aí nºao contribua para o desequilibrio positivo.
Granda nó que acabei de dar…